quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Porta Aviões São Paulo - Quatro Incêndios

A BORDO DO SÃO PAULO


QUATRO INCÊNDIOS NO PORTA-AVIÕES
Novo acidente interno no porta-aviões São Paulo está tirando o sono de familiares dos militares a bordo. "Pior que ele ocorre para piorar um clima interno que já não está bom há muito tempo", conta militar ouvido pela Coluna.
O acidente aconteceu quando o São Paulo estava em uma nova etapa de adestramentos e preparação do porta-aviões para voltar à ativa. A embarcação suspendeu âncora segunda-feira passada com previsão de retorno para a tarde de ontem. Na quarta-feira de manhã, porém já estava de volta.
"Saímos dia 15 (segunda-feira) e no mesmo dia aconteceu o primeiro incêndio na caldeira. No dia seguinte, outro incêndio ocorreu na chaminé. Na quarta, ficamos sabendo através de pessoas que trabalham diretamente nas máquinas que outros dois incêndios aconteceram, mas não foram divulgados à tripulação", relata um militar que estava embarcado na missão dessa semana. Versão repetida à Coluna por outros dois militares e um familiar.
Os incidentes apavoram a tripulação do porta-aviões São Paulo porque trazem à memória o trágico acidente ocorrido em maio de 2005, quando vazamento de vapor causou a morte de um terceiro-sargento e feriu dez militares. Desde então a embarcação passa por reparos. O local do vazamento de vapor, a catapulta responsável pelo lançamento das aeronaves, foi totalmente reparado, mas, como dizem os militares, outros setores ainda requerem maior atenção.
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SÃO PAULO 2
JORNADA PESADA
Militar ouvido pela Coluna se queixa ainda de uma exposição adicional ao risco. "Toda vez que o navio tenta sair, temos que estar até meia noite do dia anterior a bordo. Isso ocorre apesar de todo o perigo que é atravessar o Rio de Janeiro de noite", reclama.
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SÃO PAULO 3
FAMILIARES COM MEDO
"Mesmo depois do acidente de 2005 e dos R$ 80 milhões gastos com a reforma continuamos em cima de uma bomba relógio. Toda saída do navio vira uma preocupação para nossos familiares. Alguns sabem o perigo representado para todos nós", conta um outro militar.
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SÃO PAULO 5
48 ANOS DE IDADE
Construído em 1963, o porta-aviões São Paulo tem 48 anos. O navio substituiu o Minas Gerais, que foi arrematado em 2002 por uma empresa chinesa de eventos e navegação. Com a venda do Minas Gerais, a Marinha arrecadou US$ 2 milhões.
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SÃO PAULO 6
MAIS QUEIXAS
Nas conversas com militares do São Paulo, a Coluna ouviu ainda que praças embarcados com mais de 10 anos estão impedidos de desembarcar e que o pessoal a bordo ficou sem licença-pagamento este mês e impedido de tirar licenças.
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SÃO PAULO 7
PALAVRA OFICIAL
A Coluna enviou à Marinha há duas semanas as primeiras informações sobre o porta-aviões São Paulo. Nesta semana, abordou os quatro incêndios. A Força ficou de responder, mas a reposta oficial não chegou até o fechamento.

Um comentário:

Luiz Penha disse...

Caros companheiros Manoel e Lucena.
Considerando: =>A gravidade dos fatos narrados com o Porta aviões São Paulo; sucateado.
=>A possibilidade de darmos voz aos reclamos de parentes dos militares denunciando uma tragédia anunciada (usando o espaço desse blog).
-"SUGIRO INICIARMOS MOBILIZAÇÃO PEDINDO EXTINÇÃO DO REFERIDO PORTA AVIÕES DA ATIVA EM NOME DA SALVAGUARDA DE VIDAS DOS NOSSOS COMPANHEIROS ALÍ DESTACADOS OU SERVINDO.PROPONHO ENCAMINHAMENTO AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA ACOMPANHAR O CASO E TOMAR AS MEDIDAS LEGAIS COM A SERIEDADE QUE O CASO REQUER".
Ofereço os meus préstimos para os devidos encaminhamentos ao ministério público, para a imprensa, para todos os líderes políticos do senado federal, câmara dos deputados, ministério da defesa e presidência da república.
Ass. LUIZ PENHA
AD SUMUS