quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Como dar notícias - Vivendo e aprendendo

Carlos era um empresário que tinha um sítio no interior, e pagava um caseiro, Washington, pra tomar conta da casa. Um dia ele recebe um telefonema:
– Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.
– Pois não, Seu Washington. O que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?
– Ah, eu só tô ligano pra avisá pro sinhô que o seu papagaio morreu.
– Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?
– Ele mermo.
– Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas… ele morreu de que?
– De cumê carne estragada.
– Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
– Ninguém não, sô. Ele cumeu sozinho mesmo, era carne de um dos cavalo morto.
– Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?
– Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça d'água!
– Você está louco? Que carroça d’água?
– Pra apagá o incêndio!
– Mas que incêndio, meu Deus?
– Na sua casa… uma vela caiu, aí pegou fogo nas curtina!
– Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
– Do velório!
– Velório! Velório de quem, meu Deus?!
– Ói, sô Carlos, da sua mãe. Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era ladrão!
– Meu Deus, que tragédia!
Então o Seu Carlos começa a chorar, e aí o caseiro responde:
– Peraí, sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagaio, vai?

Nenhum comentário: