terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dia Nacional de Combate às Drogas

DIRETORIA-GERAL DO PESSOAL DA MARINHA
SAÚDE NAVAL
     O perigo começa a rondar cada vez mais cedo e a prevenção também deve iniciar o quanto antes. O Brasil tem um dia inteiramente dedicado ao combate às drogas (20 de fevereiro). A data serve de alerta para todos, especialmente, adolescentes e seus familiares. Afinal, a maioria dos usuários é jovem e começa a usar drogas ainda na escola. Vale lembrar que o problema existe em todos os níveis sociais, nas grandes metrópoles e nas regiões mais afastadas. A porta de entrada costuma ser a bebida alcoólica, mas a variedade de substâncias é grande, tanto lícitas quanto ilícitas.
Acesse www.saudenaval.mar.mil.br e entenda mais sobre esse problema que afeta tantos jovens. Saiba como se prevenir e ajudar quem precisa.
Extrato do BONO Nº 149 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2018 
NOTA DO SAÚDE NAVAL
     As drogas são problemas que integram praticamente todas as sociedades contemporâneas, causando grandes impactos sociais e econômicos. No Brasil, as drogas ilícitas também financiam o crime e a violência, por isso, seu combate continua a ser um enorme desafio para o nosso país.
     Grande parte dos usuários é jovem e começa a usar essas substâncias ainda na escola, em idade cada vez mais prematura. A verdade é que, tanto nas grandes metrópoles quanto em regiões mais afastadas do território brasileiro, o consumo e o vício iniciam cada vez mais precocemente.
     Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), a adolescência é um período do desenvolvimento no qual tendem a ocorrer os primeiros episódios de uso de bebidas alcoólicas ou outras drogas.
     O VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas, realizado com estudantes do ensino fundamental e médio das redes pública e privada de ensino em 27 capitais brasileiras, identificou que a maioria dos adolescentes que faz uso de bebidas alcoólicas relata motivos “sociais” como o principal motivo. Além disso, apontou diferentes motivações, como a busca pelo prazer, a diversão, a experimentação/curiosidade, a valorização social/pertencimento, o alívio do tédio, o relaxamento, bem como problemas pessoais.
     As drogas mais usadas pelos adolescentes, excetuando o álcool e o tabaco, pela ordem, foram: solventes, maconha, ansiolíticos, anfetamínicos, anticolinérgicos e bebidas energéticas. Também foram observadas algumas diferenças de gênero. Os meninos têm apresentado maior chance de uso de drogas ilegais, enquanto entre as meninas têm sido mais frequente o uso de medicamentos controlados sem receita médica. Na mesma pesquisa, alguns aspectos foram relatados pelos adolescentes como fatores que aumentam a vontade ou a intensidade do uso de drogas, sendo eles: tempo livre, companhias de amigos usuários, locais ou situações (festas) propícias, problemas pessoais (separação dos pais, morte), sentimentos negativos (raiva, solidão, ansiedade) e a própria dependência/rotina do uso.
     É importante enfatizar que, assim como os adolescentes usuários de drogas não são todos iguais, as drogas e sua diversidade de uso também não são, tornando o problema bastante complexo e controverso.
     Em todas as propostas de prevenção ao uso de drogas, o consenso é a conscientização, na família e na escola, permitindo ao usuário considerar uma série de fatores e ter condições de fazer escolhas.
     Dialogar, conhecer as amizades, observar comportamentos, acompanhar o desenvolvimento escolar e esclarecer sobre os perigos de sua utilização são alguns exemplos de atuação no âmbito familiar. Já orientar, por meio de palestras, depoimentos ou visitas de profissionais diretamente envolvidos no processo de prevenção às drogas e tratamentos, são ações que as escolas podem desenvolver.
     O tratamento da adição ou reabilitação do usuário requer uma abordagem complexa e multidisciplinar, que, antes de tudo, depende de vontade própria. Desintoxicar o dependente químico é apenas parte deste processo e visa, principalmente, reduzir os danos.
     Outro ponto em comum no tratamento é o seu acolhimento pelas pessoas que se importam com eles e que a eles importam (família, parentes, amigos, escola, religiosos), além do apoio médico, social e psicológico, muitas vezes, não restrito apenas ao indivíduo, mas também direcionado à família.
     As inúmeras recaídas, a baixa autoestima (tão comum ao adolescente), a disfunção familiar e as poucas políticas públicas voltadas ao assunto tornam o processo de recuperação longo e dificultoso, reduzindo em muito a efetividade do tratamento.
     Portanto, a prevenção é, sem dúvida, o melhor caminho!
Karina Branco
Primeiro-Tenente (RM2-S)
Conselho Editorial Saúde Naval

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