terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vergonha Nacional



BRASIL COVARDE
(Guilherme Fiúza)
Em defesa de José Sarney, Collor mandou
Pedro Simon engolir suas palavras.
Simon voltou a falar, mas engoliu. Em seco.
Depois relatou que teve medo.
O olhar vidrado de Collor lembrou ao senador gaúcho o
crime cometido pelo pai dele, Arnon de Mello, que matou
um colega no plenário.
Simon achou que podia ter o mesmo fim trágico.
Trágico mesmo nessa história é o medo do valente Pedro Simon.
Acabaram-se os homens públicos, acabou-se o espírito público.
Se um Collor babando de ódio é suficiente para calar um democrata,
a democracia será regida pelos psicopatas.
Collor disse a Simon que não se atrevesse a
repetir o seu nome, nunca mais.
A intimidação fez efeito, e Simon não
mais pronunciou o nome do colega.
Se ainda existissem homens públicos, Pedro Simon,
ou qualquer outro senador, deveria ter respondido
imediatamente a Fernando Collor de Mello
(este é o nome dele):
o Senado é uma alta representação do povo,
os que lá estão têm nomes, e no dia em que algum
deles não puder ser pronunciado a democracia terá morrido.
Vamos repetir o nome do senador que não quer ser mencionado,
e que foi obedecido por Pedro Simon:
Fernando Collor de Mello.

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