domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sargento Feliciano, O Cara da ponte está de volta

Sargento Feliciano. O “Cara da ponte” está de volta e lança livro na Amazon books. A idéia é oferecer a obra por alguns dias de graça. 

    Ele é um Jumper? Um aventureiro radical? Ou apenas um idealista corajoso?
Ninguém sabe direito, o cara tem uma daquelas  mentes privilegiadas, que poucos conseguem decifrar. Já haviamos percebido isso na entrevista que fizemos com ele, mas dessa vez ele se superou.
 De uma coisa sabemos, o cara não desiste nunca!
   O sargento Vinícius parece acreditar que realizando ações extremamente radicais pode levar a sociedade a discutir a situação salarial dos militares das forças armadas. Ao vasculharmos a Amazon.com encontramos a obra, foi lançada essa semana, e logo que conseguirmos contato vamos conversar com ele sobre a iniciativa.
    Que coisa paradoxal! Poucos aventureiros escrevem livros! O nome da obra é “Dez dias preso comigo mesmo – Um livro para todos e para ninguém.” Muita gente seria capaz de apostar que ele escreveu aquilo tudo enquanto cumpria mesmo algum tipo de punição. Será que ele fez algo grave e foi preso? A capa mostra o autor dentro de uma cela. Contudo, a obra pode também ser um livro de ficção. Fica a dúvida.
   Ele ousou publicar um turbilhão de ideias bem conectadas sem sequer realizar uma revisão. E deu certo! Lemos o texto todo em uma só pegada. O sargento mostrou que não é um aventureiro qualquer, sem base teórica. Ele conta o que o motivou a saltar da ponte Rio x Niterói, narrando detalhes do episódio e o que pretendia com o ato. De maneira natural ele também fala sobre a situação salarial dos militares, sobre o amor que têm à caserna, sobre uma espécie de totalitarismo crescente que assola o Brasil e dá até algumas fórmulas para emagrecer. No livro ele também discorre com naturalidade sobre autores como Gunther e William Gibson. Feliciano, além de militar, historiador e guerreiro de selva, é instrutor de educação física do Exército brasileiro.
     No final do livro o jovem militar, como sempre, nos surpreende. Ele toca em um assunto inusitado, como que para mostrar que não ha tema que não se possa discutir.
         Alguém quer treinar com ele?  
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Veja a orelha de “Dez dias preso comigo mesmo”. 
“... Vagando de um lado para outro no mundo das ideias alcançou pelo menos um objetivo. Acelerar o tempo. Dez dias é um pequeno período em uma rotina normal, mas dez dias mergulhado em sua própria consciência podem se tornar longos dias de reflexões extraordinárias a seu próprio respeito. Milhares de pensamentos podem passar pela mente em um minuto, mas uma caneta só pode registrar uma pequena parte deles e ainda assim com muita deficiência. Infância, adolescência, escola, trabalho, viagens físicas e viagens mentais, loucuras, sonhos, desejos, medos, segredos nas entrelinhas, protestos velados, piadas e coisas sérias, planos e futuros, ideias e mais ideias, erros e muitos erros, filosofia e pensamentos. O que deu para escrever foi escrito, e noventa por cento do tempo acordado foi passado escrevendo. Talvez seja melhor fazer malfeito que não fazer nada. Por isso este livro vai puro, sem revisões, com todos os erros gramaticais originais, pois se for esperar revisar até ficar bom, nunca será publicado. O subtítulo “Um livro para todos e para ninguém” não é apenas uma cópia de Nietzsche.
Nunca duvide de um cara como o sargento Vinícius Feliciano.

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