sábado, 7 de março de 2015

O HOMEM E A IDADE - Por Espedito Moreira

O HOMEM E A IDADE
Por Espedito Moreira de Mello*
No planeta Terra, todos os seres que têm vida, nascem, crescem, reproduzem e morrem. Portanto, contam tempo, têm uma idade. O ser humano não poderia ser diferente. Sua capacidade de pensar, no entanto, o torna diferente dos demais viventes. Pensando com racionalidade, ele é capaz de criar cenários e idealizar sistemas, de cunho científico ou não, na busca de seu desenvolvimento para o bem ou para o mal.
O ser humano é a criatura mais complexa entre os demais seres. Num contínuo de vida, ele precisa passar por algumas etapas de evolução, à procura da perfeição. Vem à luz com carências que a maioria dos outros seres não tem. Necessita de ajuda para supri-las. Sozinho não se movimenta, é incapaz de localizar sua fonte de alimentação. Recorre a terceiros, isso porque a matriz, geralmente, não está em condições físicas ideais para cumprir sua missão de dar provimento vital à sua cria. Em virtude disso, ele cria o primeiro processo de comunicação – o choro. O choro é uma linguagem universal que todos decodificam como sendo proveniente de alguém portador de alguma necessidade imediata. Ou padecendo de dor ou tristeza.  Está aí o que difere o ser humano dos demais. E, portanto, vale a máxima: “O homem é um ser social por natureza”. Precisa interagir, portanto, com os seus semelhantes na busca de sua satisfação.
A metodologia sistêmica conceitua que “o todo é maior do que a soma das partes”. O todo, porém, precisa ser dividido em partes para melhor visualização do papel que cabe a cada elemento no processoprodutivo.
O ciclo vital do ser humano costuma ser divido em três partes denominadas primeira, segunda e terceira idade. Conceito empírico parece. Não sei se existe um tratado científico fundamentando essa classificação. As opiniões registradas são apenas ilhas pouco significativas para oceano tão vasto.
De qualquer forma, estabeleceram que a primeira idade vai do nascimento aos dezoito anos, incluindo-se nessa fase a infância, a pré-adolescência e adolescência propriamente dita. A segunda idade vai dos dezoito aos quarenta anos. Por fim, a terceira foi idealizada para navegar no último espaço do ciclo vital.
Parece um modelo simplista e pouco realista. Se forem definidas metas para cada fase, poder-se-ia ter uma percepção mais clara do papel que caberia a cada faixa. Senão vejamos:
− na primeira idade, o indivíduo tem dezoito anos para adquirir os conhecimentos básicos fundamentais para se capacitar a um emprego de baixa remuneração no mercado de trabalho, pois falta-lhe experiência profissional;
− na segunda, o indivíduo tem uma enorme quantidade de metas a concretizar: adquirir conhecimentos profissionais, constituir família, criar e consolidar uma estrutura econômica e cultural para estabilidade de sua família; o tempo que lhe foi atribuído é insuficiente;
− na terceira idade, pelo modelo adotado, tudo estaria consumado. Só restaria ao indivíduo traçar o rumo direto ao último porto de destino, içar as velas, prender o leme e aguardar o aviso de “terra à vista”.
Na situação atual, em virtude do aumento da longevidade do indivíduo, seria interessante uma reformulação do espaço de tempo atribuído à segunda idade: ela começaria logo após os dezoito anos de vida e se estenderia até os sessenta. Assim, o universo dos indivíduos localizado nessa faixa etária teria as condições mais adequadas ao cumprimento de sua missão.
Dentro dessa ótica, o pessoal da terceira idade, situado a partir dos sessenta anos, formaria uma massa mais homogênea tanto de realizações quanto de necessidades. Isso facilitaria também os procedimentos para um planejamento de políticas públicas mais adequado.


(*) Veterano e Escritor – publicou “Memórias de uma Tríplice Jornada”
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Hoje 7 de março é comemorado o 207º Aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais - CFN da Marinha do Brasil!
PARABÉNS aos Bravos Guerreiros Anfíbios!

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