O juiz federal Sérgio Moro admitiu hoje (29) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que lamenta e pede “escusas” por ter autorizado a divulgação de escutas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Ao ministro, Moro também disse que não teve intenção de provocar polêmicas, conflitos ou constrangimentos.
“Diante da controvérsia decorrente do levantamento
do sigilo e da decisão de vossa excelência, compreendo que o entendimento então
adotado possa ser considerado incorreto, ou mesmo sendo correto, possa ter
trazido polêmicas e constrangimentos desnecessários. Jamais foi a intenção
deste julgador, ao proferir a aludida decisão de 16 de março, provocar tais
efeitos e, por eles, solicito desde logo respeitosas escusas a este Egrégio
Supremo Tribunal Federal”, disse Moro.
Moro enviou as informações a pedido de Zavascki
após a decisão do ministro que determinou a suspensão das investigações da
Operação Lava Jato que envolvem Lula e envio dos processos ao Supremo.
Com a decisão de Teori, Moro avaliou que seu
entendimento sobre a questão foi incorreto. O juiz também afirmou que não
determinou a quebra de sigilo telefônico de nenhuma pessoa com prerrogativa de
foro e que os diálogos envolvendo a presidenta Dilma e ministro do gabinete
pessoal da presidência, Jaques Wagner, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e
parlamentares, foi encontrada de forma fortuita nas investigações.
“O levantamento do sigilo não teve por objetivo
gerar fato político-partidário, polêmicas ou conflitos, algo estranho à função
jurisdicional, mas, atendendo o requerimento do MPF, dar publicidade ao
processo e especialmente a condutas relevantes do ponto de vista jurídico e
criminal do investigado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que podem
eventualmente caracterizar obstrução à Justiça ou tentativas de obstrução à
Justiça”, justificou Moro.
Do Yahoo Notícias. Continue lendo AQUI
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