segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mensagens Poéticas - Org.: Ademar Macedo

Vejam o que o Poeta disse
sobre esta Gravura:
Org.: Poeta Ademar Macedo RN

Poeta, que bicho é este
que no lençol se engata?
Pela minha experiência,
vou dizer na hora exata,
se caso não for um gato
aposto que é uma gata.

(Pedro Ernesto Filho/CE)

<<< Uma Trova Nacional >>>

Num pesadelo bem chato,
o infeliz grita: “socorro!”
Sonhava que era um gato
e a sua sogra... um cachorro!
(Élbea Priscila Silva/SP)


<<< Uma Trova Potiguar >>>

Sem querer ser mandingueiro,
nem que o corpo não se abra;
respeito o pai de chiqueiro
que manda em tudo que é cabra!
(Marcos Medeiros/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
1993 > Nova Friburgo/RJ

Tema > “LIVRE” > M/H

Com sotaque nordestino
e usando linguagem chula,
grita o ladrão: “Seu menino,
mãos pra riba e não se bula!”
(Aloísio/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MOTE:
Mulher perto dos setenta,
Já não tem gosto de nada.

GLOSA:

Ela mesma se lamenta
e a cada dia piora,
por tudo, lamenta e chora
Mulher perto dos setenta;
nem o marido aguenta
porque só vive amuada,
fria, nervosa, apagada,
isto aí não é fofoca;
é como comer pipoca...
Já não tem gosto de nada

(Augusto Macedo/RN)
(Mulherada, não xinguem meu irmão,
Ele já está no Andar de cima!)

<<< Uma Trova de Ademar >>>

O que a mulher não entende
é o seu marido na cama;
seu fogo nunca se acende...
Enquanto ela vive em chama!!!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
O dentista colocou
nos dentes de Guiomar,
uma ponte e ela pensou:
- deve ser pra dor passar!...
(José M. Machado Araujo/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>

Para montar o balanço
do que já fiz e não faço,
eis o meu novo compasso:
não fumo, não bebo, danço;
desse jeito eu não me canso
quando a velhice vier;
só meto minha colher
naquele prato pequeno...
mulher demais é veneno,
só quero minha mulher.
(José Lucas de Barros/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

AZAR.

– Renata Paccola/SP –

Certo dia, acordei de mau humor –
resquício de uma noite mal dormida.
Peguei o carro, e então fundiu o motor,
Segui para o metrô, enfurecida.

Tentei continuar com minha lida,
mas fiquei presa num elevador.
Neste compartimento sem saída,
passei horas de angústia e terror,

e saí sob o som de bate-estaca.
Depois, no meio de um supermercado,
senti a dor de um burro quando empaca.

Foi aí que vi, quase ao meu lado,
irônicos dizeres numa placa:
“Sorria. Você está sendo filmado!”


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