Vejam o que o Poeta disse
sobre esta Gravura:
Org.: Poeta Ademar Macedo RN
Poeta, que bicho é este
que no lençol se engata?
Pela minha experiência,
vou dizer na hora exata,
se caso não for um gato
aposto que é uma gata.
(Pedro Ernesto Filho/CE)
<<< Uma Trova Nacional >>>
Num pesadelo bem chato,
o infeliz grita: “socorro!”
Sonhava que era um gato
e a sua sogra... um cachorro!
(Élbea Priscila Silva/SP)
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Sem querer ser mandingueiro,
nem que o corpo não se abra;
respeito o pai de chiqueiro
que manda em tudo que é cabra!
(Marcos Medeiros/RN)
<<< Uma Trova Premiada >>>
1993 > Nova Friburgo/RJ
Tema > “LIVRE” > M/H
Com sotaque nordestino
e usando linguagem chula,
grita o ladrão: “Seu menino,
mãos pra riba e não se bula!”
(Aloísio/MG)
<<< Simplesmente Poesia >>>
MOTE:
Mulher perto dos setenta,
Já não tem gosto de nada.
GLOSA:
Ela mesma se lamenta
e a cada dia piora,
por tudo, lamenta e chora
Mulher perto dos setenta;
nem o marido aguenta
porque só vive amuada,
fria, nervosa, apagada,
isto aí não é fofoca;
é como comer pipoca...
Já não tem gosto de nada
(Augusto Macedo/RN)
(Mulherada, não xinguem meu irmão,
Ele já está no Andar de cima!)
<<< Uma Trova de Ademar >>>
O que a mulher não entende
é o seu marido na cama;
seu fogo nunca se acende...
Enquanto ela vive em chama!!!
(Ademar Macedo/RN)
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
O dentista colocou
nos dentes de Guiomar,
uma ponte e ela pensou:
- deve ser pra dor passar!...
(José M. Machado Araujo/RJ)
<<< Estrofe do Dia >>>
Para montar o balanço
do que já fiz e não faço,
eis o meu novo compasso:
não fumo, não bebo, danço;
desse jeito eu não me canso
quando a velhice vier;
só meto minha colher
naquele prato pequeno...
mulher demais é veneno,
só quero minha mulher.
(José Lucas de Barros/RN)
<<< Soneto do Dia >>>
AZAR.
– Renata Paccola/SP –
Certo dia, acordei de mau humor –
resquício de uma noite mal dormida.
Peguei o carro, e então fundiu o motor,
Segui para o metrô, enfurecida.
Tentei continuar com minha lida,
mas fiquei presa num elevador.
Neste compartimento sem saída,
passei horas de angústia e terror,
e saí sob o som de bate-estaca.
Depois, no meio de um supermercado,
senti a dor de um burro quando empaca.
Foi aí que vi, quase ao meu lado,
irônicos dizeres numa placa:
“Sorria. Você está sendo filmado!”
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