Já
se tornou proverbial a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff tem de
concatenar ideias, vírgulas e concordâncias quando discursa de improviso. No
entanto, diante da paralisia do Brasil e da desastrada condução da política
econômica, o que antes causaria somente riso e seria perdoável agora começa a
preocupar. O despreparo da presidente da República, que se manifesta com frases
estabanadas e raciocínio tortuoso, indica tempos muito difíceis pela frente,
pois é principalmente dela que se esperam a inteligência e a habilidade para
enfrentar o atual momento do País.
No
mais recente atentado à lógica, à história e à língua pátria, ocorrido no
último dia 16/4, Dilma comentava o que seu governo pretende fazer em relação à
inflação e, lá pelas tantas, disparou: "E eu quero adentrar pela questão
da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos
anos do governo do presidente Lula e do meu governo". Na ânsia de, mais
uma vez, assumir para si e para seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio da
Silva, os méritos por algo que não lhes diz respeito, Dilma, primeiro, cometeu
ato falho e, depois, colocou na conta das "conquistas" do PT o
controle da inflação, como se o PT não tivesse boicotado o Plano Real, este
sim, responsável por acabar com a chaga da inflação no Brasil. Em 1994, quando
disputava a Presidência contra Fernando Henrique Cardoso, Lula chegou a dizer
que o Plano Real era um "estelionato eleitoral".
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