Em 4 de setembro de 1925, o
Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar instituiu 13 de
dezembro como o Dia do Marinheiro, homenageando o Almirante Joaquim Marques
Lisboa – Marquês de Tamandaré – em sua data natalícia (13/12/1807).
Tamandaré está entre o seleto grupo de brasileiros que contribuiu para
resguardar o Brasil da desagregação e para a concórdia e paz do extremo norte
ao extremo sul do Brasil.
Além da Guerra de
Independência, onde esteve embarcado na Fragata Niterói, participando da
perseguição à frota portuguesa que deixava a Bahia, destacou-se na Guerra
Cisplatina onde recebeu o seu primeiro comando de navio com 18 anos de idade e,
depois, se tornou um herói, participando de vários episódios
importantes dessa guerra. No período Regencial, tomou parte ativa na
pacificação de várias insurreições. Viveu, portanto, em um período muito
importante da consolidação do Estado nacional.
Como Capitão de Mar e Guerra,
foi o primeiro Comandante da Fragata a vapor D. Afonso, primeiro navio de
guerra de grande porte com propulsão a vapor incorporado pela Marinha do
Brasil. Em uma das provas de mar ao largo da cidade inglesa de Liverpool,
salvou membros da tripulação e passageiros do navio Ocean Monarch, que levava
emigrantes para os Estados Unidos da América. Já no Rio de Janeiro, ainda
comandante da D. Afonso, conseguiu rebocar e trazer para dentro da Baía de
Guanabara a Nau da Marinha de Portugal Vasco da Gama, que se achava desarvorada
fora da barra, em meio a uma tempestade.
Como Almirante, comandou a Força Naval brasileira no Rio da Prata entre
os anos de 1864 a 1866. No conflito contra o Paraguai, organizou toda a
logística necessária para a manutenção dessa Força, e conduziu o início do
bloqueio, estratégia que selou o destino do Paraguai.
Faleceu no Rio de
Janeiro, então capital federal da República, em 20 de março de 1897, após uma
longa vida dedicada à Marinha do Brasil.
As muitas qualidades
e, sobretudo, o caráter do Almirante Tamandaré, comprovado por suas ações, são
exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de
todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.
Patrono da Marinha,
teve sua exemplar conduta reconhecida pela nação ao ter seu nome inscrito no
livro de heróis da pátria.
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