PAULO ANDRÉ CHENSO
O 50º aniversário do golpe militar de 1964 provocou uma onda de opiniões a favor e contra, debates e discussões. A mídia encheu as telas da TV e páginas de jornais com quilométricas reportagens sobre o tema. Porém, todas as críticas foram dirigidas contra os militares, atribuindo às Forças Armadas a culpa por todas as mazelas e todos os crimes e torturas. Nenhum dos crimes horrorosos, praticados pela esquerda (comunistas) contra militares ou civis inocentes foram apresentados. Acaso os crimes dos terroristas não fazem parte da “verdade” que eles pregam com tanta veemência? Nossa presidente fez ardoroso discurso sobre “o tempo que não pode ser esquecido”. Que tal a mídia apresentar os crimes cometidos por todos os terroristas hoje no poder? Dilma, Genoíno, Zé Dirceu, Palocci, Carlos Minc, Franklin Martins, Paulo Vanucchi, entre outros? Falta coragem?
O 50º aniversário do golpe militar de 1964 provocou uma onda de opiniões a favor e contra, debates e discussões. A mídia encheu as telas da TV e páginas de jornais com quilométricas reportagens sobre o tema. Porém, todas as críticas foram dirigidas contra os militares, atribuindo às Forças Armadas a culpa por todas as mazelas e todos os crimes e torturas. Nenhum dos crimes horrorosos, praticados pela esquerda (comunistas) contra militares ou civis inocentes foram apresentados. Acaso os crimes dos terroristas não fazem parte da “verdade” que eles pregam com tanta veemência? Nossa presidente fez ardoroso discurso sobre “o tempo que não pode ser esquecido”. Que tal a mídia apresentar os crimes cometidos por todos os terroristas hoje no poder? Dilma, Genoíno, Zé Dirceu, Palocci, Carlos Minc, Franklin Martins, Paulo Vanucchi, entre outros? Falta coragem?
A ação dos militares contra os terroristas só começou em julho de
1966, após o atentado contra a vida do general Arthur da Costa e Silva,
no aeroporto de Recife, onde uma bomba matou, na hora, o vice-almirante
Nelson Fernandes, o jornalista Regis de Carvalho, e mutilou o coronel
Sylvio Ferreira da Silva e Sebastião de Aquino, o “Paraíba”, jogador do
Sport, além de mais 13 feridos. Na mídia, nenhuma palavra. Sobre o carro
bomba no quartel do 2º Exército, em São Paulo, nada. Silêncio sobre o
assassinato do major alemão Edward E. T. M. Von Westerhagen. Bico calado
sobre o assassinato do capitão Charles R. Chandler metralhado na frente
da esposa e filhos. Nada se fala sobre o assassinato do tenente Alberto
Mendes Junior, da PM de São Paulo, por Lamarca. E assim prossegue a
lista das vítimas do terror: bancários, operários, policiais civis,
oficiais e soldados da PM, militares das três Armas… Enfim, ninguém fala
deles. É como se tais crimes nunca tivessem acontecido. Vítimas, só os
terroristas. Todos eles foram anistiados e indenizados, enquanto a
maioria das vítimas do outro lado foi abandonada, menosprezada e até
humilhada. Que anistia é essa? O que é, realmente, essa “comissão da
verdade”?
O ex-padre comunista Alípio de Freitas, autor do atentado no
aeroporto de Recife jamais foi punido. Anistiado, recebe uma pensão do
governo brasileiro de R$ 6 mil e vive, tranquilamente, em Lisboa, dando
aulas de Sociologia e Política.
Diógenes do PT – na verdade, Diógenes José de Carvalho, codinomes
Leandro, Leonardo, Luiz e Pedro – membro da Vanguarda Popular
Revolucionária, participou de grande número de crimes em São Paulo de
março de 1968 a março de 1969: bombas contra bibliotecas, jornais,
quartéis e lojas; assalto a bancos, hospitais e quartéis; assassinato de
militares brasileiros e estrangeiros. Em todas estas ações houve
vítimas, fatais ou mutiladas. O número e a violência dos atentados
perpetrados por grupos terroristas determinaram o endurecimento do
regime e a edição, em 13 de dezembro, do AI-5, decretando, só então, a
ditadura.
Diógenes, e todos os demais remanescentes do terrorismo jamais foram
punidos. O “Leandro” anistiado, recebeu do governo uma indenização de R$
400 mil, mais uma pensão mensal vitalícia de R$ 1,6 mil, livre do
imposto de renda. Hoje é importante membro do partido no Rio Grande do
Sul, e se intitula “Diógenes do PT”. De suas vítimas, no entanto,
ninguém sequer sabe os nomes! A maioria nunca foi reconhecida com
vítimas pelo “estado democrático” instalado.
Por que a mídia em geral se reporta apenas aos crimes cometidos pelos
militares? Por que jamais tocam nas vítimas do terrorismo? São 129
vítimas mortas, brasileiras como todas as outras, e que merecem um pouco
mais de respeito.
PAULO ANDRÉ CHENSO é médico, professor e historiador em Londrina. Artigo publicado na Folha de Londrina.
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