Recebi a seguinte nota do Veterano e ESCRITOR (colunista do nosso blog e do site da AVCFN) Espedito Moreira.
O
BLOG
Por
Espedito M Mello
Tenho um amigo que tem um blog utilizado como canal de comunicação
entre a associação que dirige e o público em geral. Depois de uma troca de
correspondência sobre um assunto considerado delicado, ele me convidou para
escrever alguns artigos para o seu blog. Assustei-me com a incumbência porque
não sou portador dos requisitos necessários para um real e acurado desempenho,
como articulista.
Escrever é mandar recado, é comunicar.
Comunicar é dizer alguma coisa a alguém. Isso parece fácil. Mas, se forem
analisados detalhadamente esses enunciados, identificando cada personagem
(emissor e receptor/destinatário), canais, conteúdo referencial entre outros,
observa-se um emaranhado de interações que requerem acurada capacidade para
coordená-las visando a obtenção do resultado que se deseja alcançar.
Escrever o texto de um artigo
jornalístico (que não é minha especialidade) cujo destinatário é o leitor,
requer procedimentos diferentes do que quando se trata de elaborar texto
referente a assunto administrativo. O ato administrativo é formal, tem
linguagem denotativa obrigatória. Quando
vem do topo da pirâmide para a base tem caráter impositivo. Quando parte da
base, se torna informativo, solicitante. Nesse caso, o receptor ocupa universo
bastante reduzido e passível de controle. Por outro lado, o universo dominado
pelo receptor/leitor é quase infinito, limitado apenas pela estrutura do canal
utilizado. Nesse caso, não existe controle algum, tem uma linguagem mais livre,
dependendo, é claro, do objetivo que se pretende alcançar.
Após a definição dos elementos
transmissor/receptor/canal, vem a coisa, o tema, o conteúdo da mensagem que se
deseja transmitir. Para o tema, é necessário amplo domínio do que vai ser
exposto e, em virtude disso, vem a clareza, sem a qual o leitor optará pela
primeira cesta de lixo que estiver à sua frente. Às vezes, a clareza só não
basta. É necessário que a essência do conteúdo da mensagem convença o leitor, satisfaça
sua necessidade ou o motive a contra argumentar, sabendo que dessa interação
resultará algum subsídio para seu aprendizado cotidiano.
Estou convicto de não ser a pessoa competente para essa missão. Meus
conhecimentos literários são limitados; não tenho a criatividade
essencial para esse tipo de comunicação. O máximo que sei fazer é contar
alguns causos “reais”, narrar fatos simples, num linguajar não
conotativo. Tenho certeza de que isso não satisfaz as necessidades desse
amigo em razão dos objetivos que se propõe obter. Portanto, estou
enviando este texto a esse meu dileto amigo, de maneira a justificar as
minhas razões para declinar do convite que me foi feito, ao mesmo tempo
em que agradeço pela atenção, distinção e generosidade de que fui alvo.
Do
blog:
Sensibilizado agradeço a atenção e
consideração do Nobre Escritor Espedito Moreira, no entanto, o que exatamente
espero, é poder continuar contando com alguns dos seus causos “reais”, narrar
fatos simples, num linguajar não conotativo como você citou. Tenha certeza que
esse seu estilo satisfaz o dia-a-dia do nosso blog e do site de nossa estimada Associação
de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), bem como, é muito bem aceito
pelos nossos respeitados leitores.
Agradeço mais uma vez sua atenção.
Lucio
Lucena.
Diretor
de Comunicação da AVCFN e
Editor
do Blog.
ADSUMUS!
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