segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Dia Nacional de Combate ao Colesterol - 8 de agosto

   O colesterol exerce funções essenciais no organismo, integrando a estrutura das membranas que envolvem as células do corpo. Ele é fundamental para a produção de diversos hormônios como cortisol, testosterona, estrógeno e vitamina D. Além disso, participa da produção dos ácidos biliares (elaborados no fígado), que auxiliam na digestão das gorduras.
   Entre os tipos de colesterol, destacam-se o LDL (em português: lipoproteínas de baixa densidade), conhecido como “colesterol ruim”; o HDL (lipoproteínas de alta densidade), designado como “colesterol bom” e o triglicerídeos. A dislipidemia é o excesso de colesterol ruim e a redução de colesterol bom.
   O aumento do colesterol ruim contribui para a formação de placas de gordura que obstruem o fluxo sanguíneo nas artérias. Essa obstrução em território das artérias que irrigam o coração causa infarto agudo do miocárdio (IAM) e no cérebro, acidente vascular encefálico (AVC), entre outras complicações.
   É importante ressaltar que o acúmulo de gordura no fígado pode causar a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), podendo evoluir para insuficiência hepática, cirrose e fibrose. O tratamento da dislipidemia envolve medidas comportamentais (não farmacológicas) e até medicações.
   As medidas não farmacológicas envolvem mudança no estilo de vida, como a prática regular de atividade física somada a uma dieta variada e equilibrada em quantidade de gorduras, açúcares e proteínas. É recomendado o consumo de frutas, verduras, legumes e cereais integrais, evitando-se frituras e alimentos industrializados ricos em gorduras trans. É válida a orientação de reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e parar de fumar.
   Entre os medicamentos disponíveis, destacam-se as estatinas, o ezetimiba, as resinas e os fibratos. Além destas opções terapêuticas, estão disponíveis a colestiramina, o ácido nicotínico e os ácidos graxos ômega 3 indicados em situações específicas.
   A dislipidemia é uma das doenças crônicas que tem aumentado diante da elevação da expectativa de vida, configurando hoje uma epidemia mundial. Por isso, cuide da sua saúde, cuide de você.

1T (Md) Vanessa de Fátima Porto Souza
Assistente da Clínica de Endocrinologia do Hospital Naval Marcílio Dias
Fonte: Saúde Naval

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