Dia 19 de maio de 2013 – domingo. O
domingo é o dia da semana no qual algumas pessoas podem reservar para realizar
algumas atividades diferentes do dia a dia: descansar, rezar, ir à praia,
praticar esportes, almoçar fora e, até mesmo depois de uma sesta, assistir
programas diversospela televisão.
Para esse domingo, eu havia programado
assistir ao jogo de futebol, que seria transmitido pela Rede Globo, diretamente
do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O jogo seria entre o Santos e
Flamengo. A escolha do evento teve quatro motivos: primeiro, meu time não
jogaria nesse domingo; segundo, ia jogar o Santos, time do Neymar, e Neymar
lembra um pouquinho de Pelé, décadas atrás
− quem não era torcedor do Santos costumava ir aos estádios ver o time
jogar ou assistir a partida pela TV, contra qualquer time que fosse; terceiro,
seria a reinauguração do “Mané Garrinha”; quarto, recordar as imagens de
Brasília onde morei por 38 anos.
Cinco minutos antes do jogo iniciar,
liguei a TV e, enquanto lia algumas notícias numa revista, ouvia o narrador
fazer comentários a respeito dos times, dos jogadores – Neymar era a bola da
vez −, do novo estádio Mané Garrinha. Lá pelas tantas, ouvi a expressão: “Brasília, capital da esperança”. Isso
me chamou a atenção. Aquilo seria uma referência ou uma afirmação do narrador a
respeito da Capital do país. Fiquei atento. Logo mais, ouvi repetições do que
já ouvira. Cheguei à conclusãode que o narrador, Luis Roberto, conceituava a
condição de Brasília como a “capital da esperança”. Pensei: “Brasília, com mais de 50 anos de existência,
‘Patrimônio Cultural da Humanidade’, sede dos poderes da República – todos,
plenamente, funcionando −, onde residem e atuam os melhores juristas do país,
os melhores e mais competentes administradores públicos, os melhores e mais
conceituados políticos do país e, também, onde moram e atuam os piores dessas
classes, ainda se caracterize por esse título de “capital da esperança”?
Por que capital da esperança?
Histórico. Logo após a sua inauguração,
Brasília recebeu a visita de um ilustre francês, André Malraux – parece ser
esse o seu nome – então ministro da Cultura da França. Depois de recepções,
coquetéis e discursos, o ilustre personagem resolveu cunhar uma expressão que valorizasse
e agradasse os anfitriões. Daí “... Brasília é a capital da esperança...”.
Pronto. Estava criado o slogan. Colou
como carrapato, não largou mais. Até o hino da capital ganhou essa expressão.
Hoje, isso se justifica? Discordo. E você, Alexandre Garcia, o que acha?
Brasil do “futuro”, Brasília “capital da
esperança”, crianças “são o futuro do Brasil” são termos que deveriam ser
eliminados desse tipo de classificação. Se quisermos que alguma coisa seja uma
realidade amanhã, devemos realiza-la hoje. Se deixarmos para o amanhã,
estaremos sempre dependendo do futuro, que nunca chega.
Espedito Moreira de
Mello
espmoreira@supercabo.com,br
Espedito Moreira sendo homenageado por ocasião da Sessão Solene alusiva ao 41º Aniversário da AVCFN |
Do Blog:
Espedito Moreira é natural de Lajes RN, ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais no ano de 1951, serviu em Natal, Rio de Janeiro e Brasília, onde morou por 38 anos, residindo atualmente em Parnamirim RN. Hoje é um autêntico Veterano Fuzileiro Naval (Refº) e Escritor, autor do livro "Memórias de uma Tríplice Jornada", onde narra a história de um Fuzileiro Naval, desde seu nascimento até os dias atuais.
Espedito Moreira é natural de Lajes RN, ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais no ano de 1951, serviu em Natal, Rio de Janeiro e Brasília, onde morou por 38 anos, residindo atualmente em Parnamirim RN. Hoje é um autêntico Veterano Fuzileiro Naval (Refº) e Escritor, autor do livro "Memórias de uma Tríplice Jornada", onde narra a história de um Fuzileiro Naval, desde seu nascimento até os dias atuais.
PARABÉNS Espedito Moreira.
BRAVO ZULU!
AD SUMUS!
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