Organização: Poeta Ademar Macedo
POR DO SOL NA BR-304-LAJES/RN
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Morre a tarde!...E ao fim do dia,
na imagem do sol poente,
há tintas de nostalgia
do fim da tarde da gente!
Prof. Garcia/RN
 
<<< Uma Trova Nacional >>>
Dai-me perdão para o amor
contrário ao vosso preceito.
Sei muitas coisas, Senhor,
menos amar de outro jeito!
Newton Vieira/MG
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
2011 > Cambuci/RJ
Tema > “TEMA LIVRE” > Venc.
Quando a versar me proponho,
contrito, com  Deus converso
e numa trova eu deponho,
a minha alma, exposta em verso ...
Fabiano Wanderley/RN
 
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Eu luto desde menino,
com bravura redobrada,
neste jogo em que o Destino
joga de carta marcada.
Durval Mendonça/RJ
 
<<< Uma Trova de Ademar >>>
Vejo sentadas no chão,
vestidas de desamor,
crianças comendo pão
amanteigado de dor!
Ademar Macedo/RN
 
<<< Simplesmente Poesia >>>
MOTE:
Ilza Tostes/RJ

Quando a sonhar eu me ponho
– nas noites de lua nova –
de você, eu faço o sonho,
e do sonho – faço a trova.
 
GLOSA:
Raymundo de Salles/BA

Nas horas de devaneio,
ou mesmo se estou tristonho,
retiro o véu do receio,
quando a sonhar eu me ponho.

Voo aos paramos azuis,
mas não preciso de prova,
que foi Deus que pôs a luz
– nas noites de lua nova –

Vejo a noite enluarada,
e esse céu todo risonho,
sem ter de fazer mais nada
de você, eu faço o sonho.

Com meu sonho alço outro voo,
a minh ‘alma se renova,
lá de cima um canto entoo,
e do sonho – faço a trova.
 
<<< Estrofe do Dia >>>
O aguaceiro no rio
desce fazendo manobra,
não procura um só desvio,
espuma fazendo dobra,
grande empecilho ou miúdo
passa por cima de tudo,
leva o que tiver na frente;
até o próprio rochedo
parece tremer com medo
dos abraços da corrente.
Cancão/PE
 
<<< Soneto do Dia >>>
POEMA DA NOITE.
 
 
Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? Agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
 
Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, abril, maio, janeiro, ou março.
 
Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?
 
Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?